OPERAÇÃO DILÚVIO MORAL | Estelionatário de 16 anos é apreendido por aplicar golpes em doações para o Rio Grande do Sul
O jovem é suspeito de simular campanhas de arrecadação de doações por conta da catástrofe no RS. Segundo apurado pela Polícia, o menor infrator, que é dono de duas empresas, afirma ter atingido seu primeiro milhão aos 15 anos.
Ele também usa as rede sociais para ostentar elevado padrão de vida, publicando fotos e vídeos em imóveis de luxo (um deles alvo da operação) e publica comprovantes de recebimento de altos valores oriundos de pagamentos realizados através das redes.
A fraude começou com a criação de uma página na internet simulando uma página oficial do governo do RS, alarmando a população de que se estaria diante do maior desastre da história do Estado.
A partir de então, a página redirecionava os usuários para uma nova página falsa, desta vez simulando o website "Vakinha", em que se divulgava uma suposta campanha de arrecadação de doações. A página, inclusive, era impulsionada pelas redes sociais, a fim de atingir o maior número possível de pessoas.
Para dar aparência de licitude à página, o layout foi adulterado a fim de mostrar que a "campanha" já teria acumulado mais de dois milhões e setecentos mil reais. Na verdade, se tratava de um valor fictício, sendo mais um artifício para induzir o usuário a erro.
Na página simulada, era divulgado um QR Code, gerado por uma fintech de checkout (espécie de loja virtual), que permitiria o pagamento via Pix. A partir de então, o valor da suposta contribuição era redirecionado da loja virtual para um gateway de pagamentos, que repassava o valor para o local indicado pelo golpista.
No caso, o valor era repassado para uma empresa de treinamentos e serviços cujo menor era sócio proprietário. Assim, o valor era captado pelo golpista com aparência de licitude, vez que simulava a “venda” de um produto ou serviço oriundo de sua empresa.
Segundo a Polícia Civil, após identificada a fraude, a força-tarefa diligenciou imediatamente para retirada do ar de todas as páginas da internet, além do bloqueio de todas as contas bancárias vinculadas ao CPF e aos CNPJs do investigado.
Quando a operação foi deflagrada, na sexta-feira (24), a força-tarefa representou e foram deferidas ordens judiciais de bloqueio de valores de até um milhão de reais em cada conta de responsabilidade do suspeito e das empresas vinculadas.
A partir de todo o conjunto probatório obtido na investigação, somados aos objetos eletrônicos apreendidos durante a operação, as investigações seguirão no sentido de buscar outros elementos de prova e também eventuais novos integrantes do grupo.
A operação Dilúvio Moral - Dr. Money foi realizada por meio do do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

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