UMA NOVA REALIDADE SERÁ DESCOBERTA QUANDO RIOS E ARROIOS EXPERIMENTAREM NOVAS CHEIAS
Muita terra, pedras, árvores, entulhos de residências, veículos e lixo foi levado para dentro dos rios e arroios, causando o assoreamento, e ninguém sabe ao certo o que poderá acontecer quando tivermos um acumulado entre 50 e 100mm em um período curto.
A realidade mudou depois das enchentes do mês de maio e estamos sob um quadro que difere daquele de antes de 40 dias atrás. Os impactos da chuva nas cidades e nos rios hoje pode ser diferente do que normalmente estamos acostumados e que ao longo de anos de trabalho construímos parâmetros de previsão e impactos para a população.
As enchentes, conforme análises preliminares e relatos de quem está habituado com navegação, trouxe grande quantidade de sedimentos e terra. O delta do Jacuí e o Guaíba tiveram grande assoreamento, assim como provavelmente outros rios que passaram por grandes cheias como o Taquari, Caí e Sinos, o que aliás já estava agravado pelas cheias do segundo semestre do ano passado.
Assim, chuva mais volumosa, como que se prevê para a segunda metade do mês, pode ter efeitos diversos daqueles que ocorreriam antes das enchentes. Em outras palavras, os rios podem subir mais em alguns pontos que subiriam se não tivesse ocorridos as cheias dos últimos nove meses.
Outra realidade que mudou é a da macrodrenagem urbana. Em Porto Alegre e outras cidades afetadas por inundações, grande quantidade de lixo e lama adentrou as redes de esgotos. Com isso, a capacidade de drenagem está reduzida em relação ao que se via antes da enchente. Logo, ruas que não alagavam com uma chuva diária, por exemplo, de 50 mm agora talvez alaguem e ruas que alagavam podem ter alagamento maior. Igualmente, arroios que cortam Porto Alegre e outras cidades da região metropolitana podem alagar com maior facilidade do que ocorria antes da grande enchente.
Créditos: Metsul Meteorologia
www.metsul.com
Comentários
Postar um comentário