DENÚNCIA | DESAPARECIDO NA ENCHENTE É ENTERRADO COMO DESCONHECIDO MESMO APÓS SER RECONHECIDO PELA FAMÍLIA

 CLEITON MAZUI, 27 ANOS FOI RECONHECIDO PELA FAMÍLIA E POR EXAME DE DNA, TEVE ATESTADO DE ÓBITO SEM CONSTAR SEU NOME E CAUSA DA MORTE

Cleiton estava em Eldorado do Sul, quando no dia 04 de maio, saiu para buscar ajuda e acabou desaparecendo na correnteza, de acordo com sua família, seu corpo foi encontrado no dia 08 e levado para o IML, mas somente no dia 20 de maio a família foi avisada.


A família de Cleiton Mazui, de 27 anos, morto na enchente no Rio Grande do Sul denuncia as negligências do Estado, em relação aos procedimentos realizados pelo IML desde que o corpo do familiar foi encontrado no dia 08 de maio.

De acordo com as denúncias feitas pelos familiares de Cleiton Mazui, a família procurava pelo jovem, desde o dia 04 de maio quando desapareceu em Eldorado do Sul, sendo levado pela água da enchente, conforme testemunhas. A família procurou por Cleiton no IML de Porto Alegre e lá foi dito de que não havia corpo com suas características, e o seu nome também não constava em lista de desaparecidos.

Após muitas idas quase que diárias ao necrotério, e registro feito da Delegacia de Polícia, o nome de Cleiton foi colocado na lista de desaparecidos. No entanto no dia 20 de maio, os familiares foram avisados de que o corpo do jovem estava no IML, isto após a família ter tido informações de que o corpo já estaria no necrotério desde o dia 08 de maio, e terem ido para as redes sociais para denunciar o caso.

Para liberar a família a fim de fazer o reconhecimento do corpo, os agentes do IML teriam pedido aos familiares para que assinassem um termo confirmando que a morte de Cleiton fosse de causa indefinida e não por afogamento.

ESTARRECEDOR

Mesmo após o reconhecimento do corpo, pelos familiares e com exame de DNA que comprovou o parentesco, a certidão de óbito foi emitida sem constar o nome de Cleiton, no entanto nas observações feitas no documento, consta o nome da mãe do falecido, nome da filha do falecido, a sua profissão. Além de ser registrada a certidão como "não conhecido", a causa da morte consta como "ignorada". Sendo que o corpo passou por necropsia, constando na certidão o nome da médica que atestou o óbito.


Na certidão constam detalhes como o endereço que Cleiton residia, o local de sua morte: Rua da Arrozeira, nº 10 próximo supermercado ASUN. Enfim, a certidão possui todos os detalhes sobre o falecido, mas não consta seu nome, sua identidade e causa da morte.

O impacto destes "erros" vão impactar diretamente na busca dos direitos da filha de sete anos, pois o documento não será válido. Uma advogada que se voluntariou para auxiliar a família no IML, chegou a conversar com o diretor da instituição, e fez ainda o pedido para que fosse feito novo exame de DNA, se necessário, e ouviu como resposta que este seria o procedimento "correto" e deu o caso por encerrado.

DESCASO COM O CORPO

O corpo de Cleiton Mazui, de acordo com as informações da mãe e irmã, estava em um caixão de zinco ou alumínio, em cima de uma mesa, em meio a alguns carros e estava aberto devido ao procedimento de necropsia e com um forte odor devido aos vários dias em que já estava no local. A cena de como foi apresentado o corpo chocou a mãe e irmã de Cleiton.

E mesmo após a mãe e irmã identificarem o corpo através de vários detalhes apresentados pela família, a agente do IML ainda teria duvidado do reconhecimento.


Abaixo o link da entrevista concedida pela família para a jornalista Karina Michelin:

https://www.youtube.com/watch?v=Ps3axK4J-cw





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